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terça-feira, 22 de julho de 2008

Homenagem à Dercy Gonçalves


Morre Dercy Gonçalves

Boa Noite Amigos(as)!!!
Não podia deixar de prestar uma simples homenagem a esta atriz que enfrentou
família e muito sofreu até chegar onde chegou,conquistou um lugar importante comp
atriz na rede globo,financeiramente ela adquiriu muitas coisas e da maneira dela foi
uma mulher feliz e realizada e que tinha na sua personalidade,aquele humor que só ela
sabia fazer, desbocada e alegre deixará saudades,com certeza.

Dercy Gonçalves Morreu aos 101 anos, neste sábado(19/07/08), a atriz Dercy Gonçalves, vítima de pneumonia. Dercy estava internada desde a madrugada no Hopital São Lucas e faleceu às 16h45.

De acordo com comunicado do hospital, "a paciente apresentava uma pneumonia comunitária grave, que evoluiu para uma sepse pulmonar e insuficiência respiratória."

Dercy teve o auge da carreira nas décadas de 1950 e 1960, contracenando com atores como Oscarito, entre outros astros das chanchadas brasileiras.

Dercy ficou famosa por sua irreverência e pelo uso constante de palavrões nas suas entrevistas e participações em programas de TV.

Nascida Dolores Gonçalves Costa, em 23 de junho de 1907, Dercy era da cidade de Santa Maria Madalena, interior do Estado do Rio de Janeiro, onde construiu um mausoléu para ser enterrada.

O hospital não soube informar quando será o sepultamento.

(Por Denise Luna)



Dercy Gonçalves-Entrevista em cima do túmulo

Dercy Gonçalves ganha anel de Silvio Santos

Festival de palavrões com Dercy Gonçalves

Dercy no Jô

Dercy Gonçalves-Sai de baixo-Parte 1

Dercy Gonçalves-Sai de baixo-Parte 2


Biografia

Dolores Costa Gonçalves (Santa Maria Madalena RJ 1907 - Rio de Janeiro RJ 2008). Atriz. Dercy Gonçalves pertence a uma categoria especial de ator, dos grandes comediantes populares puramente intuitivos. Atriz do teatro de revista e posteriormente dedicada a shows solitários, é o maior expoente do teatro de improviso no Brasil.

Estréia em 1929, na cidade de Leopoldina na Companhia Maria Castro, fazendo dueto com Eugênio Pascoal. No ano seguinte, viaja pelo interior dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, apresentando-se em dupla com Eugênio Pascoal, como Os Pascoalinos. No Rio de Janeiro, faz carreira no teatro de revista na década de 30 e, nos anos 40, trabalha para a empresa de Walter Pinto em espetáculos como Rumo a Berlim, de Freire Jr. e Walter Pinto; Passo de Ganso, de Freire Jr., em 1942; Rei Momo na Guerra, de Freire Jr. e Assis Valente, 1943; Momo na Fila, de Geysa Bôscoli e Luiz Peixoto, 1944; e Canta Brasil, de Luiz Peixoto, Geysa Bôscoli e Paulo Orlando, 1945; todos com direção de Otávio Rangel. Nos anos 50, quando a revista já não atrai o mesmo público, dedica-se à comédia.

Nos espetáculos em que atua, Dercy se sobrepõe ao texto, nunca representando a personagem, mas fazendo com que esta se amolde a ela. O restante do elenco se converte em apoio aos improvisos da diva popular, reduzindo-se ao papel de coro. Este procedimento é alvo de críticas, que, no entanto, não abalam o direcionamento da atriz.

A partir do final dos anos 60, Dercy abandona a dramaturgia, para recorrer a um formato mais próximo ao show, em que ela tem papel solo. Inicialmente, alguns autores são chamados a escrever sob encomenda. Depois, a própria atriz assina roteiro e direção. O nome dos espetáculos muda, mas seu conteúdo e sua forma são sempre idênticos: solos de Dercy Gonçalves com sua comicidade bufa em diálogo direto com o espectador, sem personagem, feito de uma seqüência de piadas e tiradas cômicas. O palavrão tem uso recorrente, o que faz o crítico Sábato Magaldi observar que, nos espetáculos da atriz, o palavrão aplaudido tem função de ária de ópera.

Em cinema, atua em Samba em Berlim, direção de Luís de Barros, 1943; Abacaxi Azul, direção de J. Ruy (Ruy Costa), 1944; Caídos do Céu, direção de Luís de Barros, 1946; Uma Certa Lucrécia, direção de Fernando de Barros, 1957; A Baronesa Transviada, direção de Watson Macedo, 1957; A Grande Vedete, direção de Eurides Ramos, 1958; Cala Boca Etelvina, direção de Eurides Ramos, 1959; Só Naquela Base, direção de Ronaldo Lupo, 1960; Com Minha Sogra em Paquetá, direção de Saul Lachtermacher, 1961.

Em 1985, a atriz recebe o Troféu Mambembe como melhor personagem de teatro, uma categoria criada especialmente para ela que, em setenta anos de carreira, não conquistou nenhum prêmio por seu desempenho de atriz. Os críticos vêem dois lados de abordagem de seu trabalho: o lado do sucesso fácil e o da autenticidade. Yan Michalski, quando a atriz anuncia seu afastamento dos palcos, em 1971, escreve:

"Não é este, por certo, o teatro popular que eu gostaria de ver florescer no Brasil: a obstinação de Dercy em ver o público das chamadas camadas menos privilegiadas como algo de irremediavelmente primário; a sua recusa em contribuir para que esse público fosse levado sequer um passo na direção da conscientização; a sua ojeriza a qualquer idéia de renovação - tudo isso caracteriza uma posição revoltantemente reacionária".1

Já o crítico Sábato Magaldi aborda o estilo da atriz pelo lado da assumida marginalidade:

"Imperceptivelmente, começa-se a sentir por que Dercy sintoniza tanto com o público. Ela assume a própria marginalidade, erigindo-a como um troféu. O povo brasileiro também, por circunstâncias históricas, políticas e econômicas, acabou sendo marginalizado, ainda que ostente o emblema da completa soberania. Dercy perseguida, incompreendida, marginalizada, mas dando a volta por cima, no deboche e no sarcasmo, confunde-se com a efígie não expressa que parcela ponderável da população tem a seu próprio respeito. O riso provoca a catarse. (...) rindo, se aprende com ela uma profunda lição de brasilidade".2

1 comentários:

prnh-bsct-Cristian-Teatro disse...

Dercy morreu mas fez escola. Viva Derci viva! Em Juiz de Fora autor teatral bota pra quebrar estilo Dercy com peça antiga. Que grande decepção ao ver a Peça Giranca, Geringonça de palavrão isto sim. Me lemrbou a Dercy que faria sucesso com esta peça. Tem parte boa, talvez exista algo pior no mercado, mas só talvez. Huahuahuuu baixou o nível da composição teatral. Por isto o cara é um fracassado e muitos o seguem, mas é que Nelson Rodrigues tem estilo, mas o autor José Lula não. Prnhr-bsct uni-vos pró-teatro! Viva Dercy!