Bial alertou sobre o fato durante o programa: Dicesar era, no confronto dos dois, um mero coadjuvante. Angélica queria enfrentar Dourado; Dourado queria enfrentar Angélica. E assim foi feito, e o público deu o veredito.
E por que ela foi eliminada? O próprio Pedro Bial deu a letra, na saída da jornalista. Ele lhe perguntou por que em uma noite ela era confidente do lutador, e na noite seguinte declarou guerra contra ele. Ela disse: "Porque não suporto gente duas caras". Nem o público suporta, e esse foi o motivo da saída da jornalista: a maioria dos telespectadores a leu como duas caras.
Angélica era uma participante que flutuava pela casa, se dava bem com todos, planava aqui e ali. Começou a aparecer no jogo quando se aproximou de Dourado, conseguiu que ele lhe mostrasse uma face mais dócil do que aquela de "lutador machão". Houve momentos particularmente tocantes, como quando, em uma madrugada, Dourado e Angélica conversaram sobre afeto, sobre relacionamentos, sobre namoro. Ele e ela, ali, não eram um homofóbico e uma homossexual. Eram duas pessoas. Ali, naquele momento, Angélica foi vista pelo público e o conquistou.
Esse mesmo público não engoliu quando ela, num acesso de fúria à mesa, se levantou e colocou Dourado na parede, quando ele se referiu a outra participante, Lia, como "aliada". A jornalista se revoltou, disse que ele havia mudado muito, que não era mais a pessoa que ela havia conhecido e gostado. O público não viu assim: para ele, quem mudou foi ela.
A ação seguinte da moça foi sair da Casa Luxo - em que "morava" com Dourado, Lia, Fernanda e Cadu - e ir até a outra casa, o "Puxadinho", falar o que havia ocorrido. Explicou a polarização para todos, de um por um. Aqui fora, tal como na Casa Luxo, isso foi interpretado como "fofoca", "caguetagem" - e isso também não é perdoado num jogo como o BBB.
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