Boa Noite Pessoal!!!
Estou um pouco atrasada com esta postagem (eu sei), mas não posso deixar de comentar no meu blog sobre este show do Led Zeppelin em Londres.
Jimmy Page, 63, pega a guitarra. Parece testar a afinação, mas, na verdade, verifica se o dedo recentemente fraturado num tombo está recuperado para o show de hoje, na O2 Arena, em Londres. "Isso já foi mais fácil", pensa.
Vinte e sete anos depois do fim do Led Zeppelin, por ocasião da morte do baterista John Bonham, a única droga no camarim é um antiinflamatório. Foram-se os dias de bebedeira, cocaína e orgia.
Há tão pouco barulho, em comparação com os loucos anos 70, que Page consegue ouvir Robert Plant, 59, aquecendo a voz. "Qual foi a primeira vez que o vi fazendo isso?", esforça-se em lembrar. Não foi em 1968, quando começaram. Ali, o loiro jubado não precisava dessas frescuras. E tinha voz bem melhor do que esse fiapo.
Os ensaios foram bons, e uma turnê mundial seria lucrativa, a julgar pelos 25 milhões de internautas que tentaram comprar os 20 mil ingressos. Além disso, é bom sentir respeito nas perguntas dos jornalistas e ardor na massa de todas as idades que grita "Zeppelin, Zeppelin".
Estão todos prontos no corredor que conduz ao palco. O baixista John Paul Jones, 61, sorri discretamente. Sempre entendeu que a banda era a química sexual e mística Page e Plant. "Que grande sortudo", pensa Page. Quase não tem responsabilidades hoje, a não ser tocar direito no canto, como sempre.
E há Jason. Aquele moleque que vivia enchendo a paciência, fazendo mais barulho na bateria do que o velho "Bonzo" Bonham, principalmente enquanto não sabia segurar direito uma baqueta. Hoje, ele toca "Kashmir" e "No Quarter" igual ao pai. Hoje, ele provará um pouco mais de sua herança genética: a sensação de ser o maior do mundo.
"Lembrava dessa sensação, Jim?", questiona Plant, apoiado em seu ombro. É até curioso que diga isso, pois a idéia do retorno nunca o empolgou muito. A resposta é curta: "Acho que nunca dormi sem ela".
A volta das lendas vivas
O que se verá em Londres hoje, em tributo a Ahmet Ertegün, fundador do selo Atlantic morto em 2006, é uma dessas obrigações das lendas vivas. Num cenário cada vez menos propício à imortalidade no rock, é preciso que aqueles que a alcançaram retornem, para o bem do sonho.
O tributo a uma gravadora, num ano em que o Radiohead subverteu o formato do disco, mostra o sítio arqueológico que a O2 Arena vai se tornar. Se representar bem os gigantes que foram, noves fora quilos e anos a mais, o Zeppelin terá criado um parque temático perfeito para saudosistas, neófitos e empresários ávidos por tiros certeiros num meio de tantas incógnitas. Só que será outra incógnita o show de hoje. A reunião para o Live Aid, em 1985, foi constrangedora, mas parte dela obteve êxito nos anos 90, quando Page e Plant saíram em turnê que passou pelo Brasil, num Hollywood Rock.
Em algumas horas, 20 mil pessoas contarão se valerá arriscar o dirigível de chumbo na turnê mundial que Jimmy Page, malandro, não se apressa em confirmar. Hoje, ela só depende de um dedo.
MÁRVIO DOS ANJOS da Folha de S.Paulo-10/12/07
Graça ao meu amigo Mestre Splinter que me deu de presente a dica de um site que tem tudo de música:
http://www.guitars101.com/forums/attachment.php?attachmentid=16786&d=1115429812
deixo o link das mp3 do show do Led Zeppelin em Londres pra vocês:
http://www.guitars101.com/forums/f90/led-zeppelin-o2-arena-london-england-december-10-2007-a-65423.html
E lógico que não podia faltar um vídeo, graças ao You Tube e a pessoa que colocou lá,achei este do show em Londres e ainda desta música que acho uma das melhores do Led Zeppelin.
Stairway to heaven - Led Zeppelin en Londres
Tenham todos um excelente Final de semana, repleto de muito divertimento regado à saúde e amor.
Estou um pouco atrasada com esta postagem (eu sei), mas não posso deixar de comentar no meu blog sobre este show do Led Zeppelin em Londres.
Jimmy Page, 63, pega a guitarra. Parece testar a afinação, mas, na verdade, verifica se o dedo recentemente fraturado num tombo está recuperado para o show de hoje, na O2 Arena, em Londres. "Isso já foi mais fácil", pensa.
Vinte e sete anos depois do fim do Led Zeppelin, por ocasião da morte do baterista John Bonham, a única droga no camarim é um antiinflamatório. Foram-se os dias de bebedeira, cocaína e orgia.
Há tão pouco barulho, em comparação com os loucos anos 70, que Page consegue ouvir Robert Plant, 59, aquecendo a voz. "Qual foi a primeira vez que o vi fazendo isso?", esforça-se em lembrar. Não foi em 1968, quando começaram. Ali, o loiro jubado não precisava dessas frescuras. E tinha voz bem melhor do que esse fiapo.
Os ensaios foram bons, e uma turnê mundial seria lucrativa, a julgar pelos 25 milhões de internautas que tentaram comprar os 20 mil ingressos. Além disso, é bom sentir respeito nas perguntas dos jornalistas e ardor na massa de todas as idades que grita "Zeppelin, Zeppelin".
Estão todos prontos no corredor que conduz ao palco. O baixista John Paul Jones, 61, sorri discretamente. Sempre entendeu que a banda era a química sexual e mística Page e Plant. "Que grande sortudo", pensa Page. Quase não tem responsabilidades hoje, a não ser tocar direito no canto, como sempre.
E há Jason. Aquele moleque que vivia enchendo a paciência, fazendo mais barulho na bateria do que o velho "Bonzo" Bonham, principalmente enquanto não sabia segurar direito uma baqueta. Hoje, ele toca "Kashmir" e "No Quarter" igual ao pai. Hoje, ele provará um pouco mais de sua herança genética: a sensação de ser o maior do mundo.
"Lembrava dessa sensação, Jim?", questiona Plant, apoiado em seu ombro. É até curioso que diga isso, pois a idéia do retorno nunca o empolgou muito. A resposta é curta: "Acho que nunca dormi sem ela".
A volta das lendas vivas
O que se verá em Londres hoje, em tributo a Ahmet Ertegün, fundador do selo Atlantic morto em 2006, é uma dessas obrigações das lendas vivas. Num cenário cada vez menos propício à imortalidade no rock, é preciso que aqueles que a alcançaram retornem, para o bem do sonho.
O tributo a uma gravadora, num ano em que o Radiohead subverteu o formato do disco, mostra o sítio arqueológico que a O2 Arena vai se tornar. Se representar bem os gigantes que foram, noves fora quilos e anos a mais, o Zeppelin terá criado um parque temático perfeito para saudosistas, neófitos e empresários ávidos por tiros certeiros num meio de tantas incógnitas. Só que será outra incógnita o show de hoje. A reunião para o Live Aid, em 1985, foi constrangedora, mas parte dela obteve êxito nos anos 90, quando Page e Plant saíram em turnê que passou pelo Brasil, num Hollywood Rock.
Em algumas horas, 20 mil pessoas contarão se valerá arriscar o dirigível de chumbo na turnê mundial que Jimmy Page, malandro, não se apressa em confirmar. Hoje, ela só depende de um dedo.
MÁRVIO DOS ANJOS da Folha de S.Paulo-10/12/07
Graça ao meu amigo Mestre Splinter que me deu de presente a dica de um site que tem tudo de música:
http://www.guitars101.com/forums/attachment.php?attachmentid=16786&d=1115429812
deixo o link das mp3 do show do Led Zeppelin em Londres pra vocês:
http://www.guitars101.com/forums/f90/led-zeppelin-o2-arena-london-england-december-10-2007-a-65423.html
E lógico que não podia faltar um vídeo, graças ao You Tube e a pessoa que colocou lá,achei este do show em Londres e ainda desta música que acho uma das melhores do Led Zeppelin.
Stairway to heaven - Led Zeppelin en Londres
Tenham todos um excelente Final de semana, repleto de muito divertimento regado à saúde e amor.
Acrescentando galera do blog Agora é Rock, de uma postagem antiga do pessol de lá,
um álbum do Led Zeppelin para vocês baixarem:
1. Whole Lotta Love
2. The Ocean
3. On the Rocks
4. Since I've Been Loving You
5. Rock and Roll
6. Winter Sun
7. Communication Breakdown
8. Kashmir
Download do Álbum : http://rapidshare.com/files/48755721/Lez_Zeppelin_-_Lez_Zeppelin.rar.html
1 comentários:
Hehehe... é bala aquele site, né? E este texto da Folha está bom mesmo...
...todos os posts estão explêndidos... grande aula de numerologia!
Valeu!
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