O estudante João Victor Portelinha de Oliveira, de 8 anos, foi aprovado no vestibular da faculdade de direito da Universidade Paulista (Unip), em Goiânia. Ele fez a prova pelo sistema agendado, em que o candidato vai à instituição, responde questões diretamente no computador e escreve uma redação. João Victor é aluno de uma escola de ensino fundamental.
A Unip, uma das maiores universidades do país, divulgou nota informando que o menino fez o vestibular na condição de "treineiro" e teve bom desempenho. O exame feito por "treineiros" - estudantes que ainda não concluíram o ensino médio e só querem testar seus conhecimentos - é o mesmo aplicado aos demais candidatos. O menino não será matriculado, segundo a instituição.
- Meu sonho é ser juiz federal, e decidi prestar a prova para ver como me dava - disse João Victor, conforme o site de notícias G1.
A mãe, Maristela Portelinha, afirmou ao G1 que não considera o filho superdotado, ainda que ele tire boas notas na escola.
O nome do garoto foi publicado na lista de aprovados da universidade. O sistema eletrônico gerou inclusive o boleto de matrícula, que já teria sido pago pela família do estudante.
A Unip informou que o dinheiro será devolvido. O pagamento teria sido feito antes mesmo que o estudante apresentasse sua documentação para matrícula, segundo a instituição.
"O desempenho do estudante, levando em consideração sua idade e escolaridade, foi bom, especialmente na prova de redação, em que revelou boa capacidade de expressão e manejo eficiente da língua", diz a nota da universidade.
A seção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Goiás pediu, em nota, a imediata intervenção do Ministério da Educação (MEC). A OAB quer saber detalhes sobre o vestibular feito pelo menino e se há casos semelhantes. "O fato materializa o alerta que a OAB-GO vem fazendo há tempos sobre a mercantilização do ensino jurídico, que não está sendo tratada pelas autoridades com a devida urgência que requer", diz o texto.
A aprovação do menino João Victor no vestibular põe em xeque o sistema de seleção da universidade. Afinal, a prova é fácil ou o garoto é que sabe muito?
* * *
Leia a íntegra da nota da Unip: "De acordo com as normas acadêmicas da Unip, o estudante João Victor Portelinha de Oliveira participou do processo seletivo na condição de 'treineiro', numa prática adotada por várias universidades públicas e privadas.O desempenho do estudante, levando em consideração sua idade e escolaridade, foi bom, especialmente na prova de redação, em que revelou boa capacidade de expressão e manejo eficiente da língua. A singeleza do conteúdo não destoava da linguagem simples, direta, coloquial, com poucos deslizes em relação à norma culta. Este fato o torna merecedor de um acompanhamento especial em seus estudos."
* * *
Leia a íntegra da nota da OAB-GO: "A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de Goiás - considera preocupante a informação de que uma criança de apenas oito anos passou no vestibular da Faculdade Unip para o curso de Direito. O fato materializa o alerta que a OAB-GO vem fazendo há tempos sobre a mercantilização do ensino jurídico, que não está sendo tratada pelas autoridades com a devida urgência que requer. A OAB-GO defende maior rigor na fiscalização das Instituições de Ensino Superior por parte do Ministério da Educação e luta para que sejam punidas aquelas que tratam o curso de Direito com interesse meramente mercantil, desrespeitando a relevância da boa formação do bacharel para a sociedade.
O referido fato, por si só, caso seja comprovado, merece que a instituição de ensino sofra imediata intervenção do MEC para que seja verificado se casos semelhantes ocorrem com freqüência e em que circunstância o episódio ocorreu. Nesse caso, a OAB-GO, uma das principais interessadas em ver apurada a denúncia absurda e defensora de mudanças efetivas no ensino jurídico que priorizem a qualidade do mesmo, se dispõe a acompanhar um ato dessa natureza."
A Unip, uma das maiores universidades do país, divulgou nota informando que o menino fez o vestibular na condição de "treineiro" e teve bom desempenho. O exame feito por "treineiros" - estudantes que ainda não concluíram o ensino médio e só querem testar seus conhecimentos - é o mesmo aplicado aos demais candidatos. O menino não será matriculado, segundo a instituição.
- Meu sonho é ser juiz federal, e decidi prestar a prova para ver como me dava - disse João Victor, conforme o site de notícias G1.
A mãe, Maristela Portelinha, afirmou ao G1 que não considera o filho superdotado, ainda que ele tire boas notas na escola.
O nome do garoto foi publicado na lista de aprovados da universidade. O sistema eletrônico gerou inclusive o boleto de matrícula, que já teria sido pago pela família do estudante.
A Unip informou que o dinheiro será devolvido. O pagamento teria sido feito antes mesmo que o estudante apresentasse sua documentação para matrícula, segundo a instituição.
"O desempenho do estudante, levando em consideração sua idade e escolaridade, foi bom, especialmente na prova de redação, em que revelou boa capacidade de expressão e manejo eficiente da língua", diz a nota da universidade.
A seção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Goiás pediu, em nota, a imediata intervenção do Ministério da Educação (MEC). A OAB quer saber detalhes sobre o vestibular feito pelo menino e se há casos semelhantes. "O fato materializa o alerta que a OAB-GO vem fazendo há tempos sobre a mercantilização do ensino jurídico, que não está sendo tratada pelas autoridades com a devida urgência que requer", diz o texto.
A aprovação do menino João Victor no vestibular põe em xeque o sistema de seleção da universidade. Afinal, a prova é fácil ou o garoto é que sabe muito?
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Leia a íntegra da nota da Unip: "De acordo com as normas acadêmicas da Unip, o estudante João Victor Portelinha de Oliveira participou do processo seletivo na condição de 'treineiro', numa prática adotada por várias universidades públicas e privadas.O desempenho do estudante, levando em consideração sua idade e escolaridade, foi bom, especialmente na prova de redação, em que revelou boa capacidade de expressão e manejo eficiente da língua. A singeleza do conteúdo não destoava da linguagem simples, direta, coloquial, com poucos deslizes em relação à norma culta. Este fato o torna merecedor de um acompanhamento especial em seus estudos."
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Leia a íntegra da nota da OAB-GO: "A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de Goiás - considera preocupante a informação de que uma criança de apenas oito anos passou no vestibular da Faculdade Unip para o curso de Direito. O fato materializa o alerta que a OAB-GO vem fazendo há tempos sobre a mercantilização do ensino jurídico, que não está sendo tratada pelas autoridades com a devida urgência que requer. A OAB-GO defende maior rigor na fiscalização das Instituições de Ensino Superior por parte do Ministério da Educação e luta para que sejam punidas aquelas que tratam o curso de Direito com interesse meramente mercantil, desrespeitando a relevância da boa formação do bacharel para a sociedade.
O referido fato, por si só, caso seja comprovado, merece que a instituição de ensino sofra imediata intervenção do MEC para que seja verificado se casos semelhantes ocorrem com freqüência e em que circunstância o episódio ocorreu. Nesse caso, a OAB-GO, uma das principais interessadas em ver apurada a denúncia absurda e defensora de mudanças efetivas no ensino jurídico que priorizem a qualidade do mesmo, se dispõe a acompanhar um ato dessa natureza."
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