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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Imperatriz Leopoldinense mostra força de seu desfile nos detalhes

Escola do bairro de Ramos confirma característica de apresentações técnicas.
Agremiação leva à avenida o enredo "João e Marias".
A Imperatriz Leopoldinense confirmou as características de cuidado nos detalhes e de desfiles quase sem falhas tecnicamente em sua apresentação do enredo sobre os 200 anos da família real no Brasil. A apresentação da Imperatriz, dona de oito títulos no carnaval carioca, começou às 23h51.
O principal carro da escola foi a baleia de 11 metros de comprimento, que fazia movimentos na Avenida para simbolizar a chegada de Dom João VI ao país. O carro quase emperrou antes de entrar na avenida (assista a vídeo ao lado).
Um dos carros lembrava a rainha francesa Maria Antonieta, decapitada com a deflagração da Revolução Francesa. Os detalhes do carro foram inspirados pelo filme sobre a monarca feito pela cineasta Sofia Coppola. Diversas alas fazem menção à França. Foi a subida ao poder de Napoleão Bonaparte e seu projeto expansionista que forçaram a ida da Família Real portuguesa ao Brasil.
A escola, no entanto, mostrou um andamento bastante acelerado e pode ser prejudicada por esse quesito na visão do sambista Dudu Nobre, comentarista do carnaval da TV Globo.

Mas a rainha de bateria da Imperatriz foi uma das mais esperadas da Avenida: Luiza Brunet, a modelo que promete brilhar vestida de ninfa das águas. A Imperatriz Leopoldinense, cujo nome é lembrança a todos os antigos subúrbios do Rio cortado pela estrada de ferro Leopoldina, é sempre candidata ao título.
As atenções também foram para a estréia do veterano ritmista Mestre Marcone como mestre de bateria. A escola desfila com cerca de 3.500 componentes, 37 alas e 7 carros alegóricos.
Além da escola do bairro de Ramos, São Clemente e Mocidade Independente de Padre Miguel também lembraram o bicentenário real em seus enredos. A Imperatriz, que ficou em nono lugar em 2007, conta com a carnavalesca Rosa Magalhães e o intérprete Preto Jóia para puxar o samba.

No carnaval do bicentenário da chegada da Família Real ao Brasil, a verde-e-branca defendeu sobre todas as Marias que, direta ou indiretamente, influenciaram o monarca português a se instalar nos trópicos cariocas.



Os dois primeiros setores da escola retrataram a Revolução Francesa, que estimularam a fuga de Dom João VI ao Brasil. Dois personagens ganham foco: Maria Antonieta e Napoleão Bonaparte.



O terceiro carro, da Revolução Francesa, tem como matéria-prima muito ferro e bandeiras queimadas, para mostrar a insurgência do povo contra a monarquia francesa e a subida de Napoleão Bonaparte ao poder. A alegoria também contou com um grupo de teatralização.
A travessia por mares nunca antes navegados pela Família Real mereceu um toque de poesia da carnavalesca da Imperatriz. Em vez de naus ou grandes barcos, Rosa Magalhães optou por colocar Dom João VI e sua trupe em cima de uma enorme baleia, de 11 metros de comprimento e com direito a movimentos na Avenida.
O encerramento do desfile foi uma ode à comunidade de Ramos, abatida com os dois nonos lugares consecutivos conquistados nos últimos carnavais. Por isso, preparou um setor em homenagem à escola, que nos últimos 15 anos conquistou cinco campeonatos – todos com desfiles assinados por Rosa Magalhães.

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