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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Mangueira supera chuva para celebrar cem anos de frevo

Escola foi prejudicada com avenida debaixo de água e não empolgou.
Um dos destaques do desfile foi a rainha da bateria Gracyanne Barbosa.
A Estação Primeira de Mangueira teve de superar bastante chuva na Sapucaí para homenagear os cem anos do frevo e diversos símbolos de Pernambuco. Os adereços de diversas fantasias e os trabalhos de solo que exigiam mais movimentação e técnica ficaram prejudicados com o desfile debaixo de água e a participação mangueirense não empolgou.
O trabalho do carnavalesco Max Lopes, apelidado de "Mestre das cores", ficou evidenciado em carros como o Bloco das Flores, que contou com 60 mil flores de seda e milhares de chapéus de palha. Outros elementos pernambucanos como o Maracatu, o farol de Olinda e a bandeira do estado foram lembrados na Sapucaí.

A escola foi para a Marquês de Sapucaí com 4.500 componentes, espalhados em 28 alas e oito carros alegóricos. Um dos destaques do desfile foi a rainha da bateria, dançarina e namorada do pagodeiro Belo Gracyanne Barbosa. O dançarino Carlinhos de Jesus foi responsável pela comissão de frente, que contou com garotos da Escola Municipal do Frevo. "Eles estavam muito nervosos. Foi um trabalho de três meses", disse.



No último carro alegórico, a verde-e-rosa lembrou o centenário de nascimento de um dos mais célebres mangueirenses, o compositor Cartola. Um gigante boneco com os característicos óculos escuros do sambista aparecia em frente à alegoria. Muitos, no entanto, criticaram o fato de um dos mais famosos nomes da agremiação não ter sido o tema do enredo deste ano.
A escola vive uma crise depois que o presidente da agremiação Percival Pires, o Perci, fez uma homenagem ao traficante Fernandinho Beira-Mar e teve que renunciar. Eli Gonçalves da Silva, a Chininha, entrou em seu lugar. Já o compositor Ivo Meirelles saiu do comando da bateria da escola ao se envolver em uma polêmica com a escolha da rainha da bateria.
O intérprete do samba da Mangueira foi Luizito, que substitui o lendário Jamelão, afastado por problemas de saúde desde o carnaval de 2007. A bateria foi dirigida por Mestre Taranta, veterano ritmista e que promete trazer de volta a tradição de marcação da bateria com o surdo de primeira.
Depois de vencer em 2002 com um desfile sobre a região Nordeste e, em 2006, percorrer o Rio São Francisco na avenida, a Mangueira novamente evocou o Nordeste com o enredo “Cem anos de frevo, é de perder o sapato. Recife mandou me chamar...”.
Max Lopes usou o seu multicolorido característico e fez um carnaval expressivo em termos de cores, sem fugir do verde e do rosa. Diferentes estilos plásticos apareceram ao longo do desfile. Essa variação se refletiu nas oito alegorias da Mangueira.

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